Tudo depende de pesquisa. Um trabalho de lingüística, um estudo de química, um roteiro
para TV, uma análise semiótica, enfim sem pesquisar informações nenhum conhecimento
será atingido.
O desenvolvimento de disciplinas só se dá com as pesquisas delimitadas nas áreas de
interesse.
No entanto, volto a afirmar: a geração atual tem cada vez mais atividades em
desenvolvimento e cada vez menos tempo para pesquisar nos formatos tradicionais.
Vou tentar ser mais claro utilizando-me de um exemplo. Um aluno precisa realizar um
trabalho em uma disciplina. O objetivo, neste exemplo, é conhecer a linha de pensamento
de diversos autores sobre semiótica e vários textos devem ser lidos, para que suas
informações possam ser cruzadas e finalmente o trabalho seja redigido.
No processo de pesquisa ele encontra dificuldades em compreender determinados termos,
alguns em língua estrangeira outros na nossa língua porém poucos conhecidos. O que é
mais importante: o aluno conhecer o significado dos termos ou saber procurar no
dicionário.
No dicionário tradicional provavelmente ele levará um certo tempo até desfolhar página
por página até localizar a palavra pretendida e então ler seu significado e
correlacionar os significados possíveis com a semântica do texto.
Com um dicionário eletrônico via computador ele não levará mais que alguns segundos
entre digitar o vocábulo e ter o significado na tela.
O tempo que o aluno economizou para efetuar a pesquisa do dicionário eletrônico em
relação ao dicionário tradicional foi melhor aplicado na compreensão do texto, que é
o objeto principal da sua pesquisa.
Ao consultar enciclopédias, o formato é o mesmo: procurar pelo assunto, localizar o
volume certo, desfolhar inúmeras páginas até encontrar o conteúdo informativo
desejado. Por que não utilizar o formato de multimídia, cada vez mais acessível pela
queda de preços, onde bastar digitar o assunto de interesse e em segundos a informação
é apresentada?
Ao datilografar o trabalho, o que é mais importante? o conteúdo ou a datilografia?
Obviamente que é o conteúdo. Ora, porque não utilizar processadores de texto que
colaboram na formatação do texto, na correção de digitações incorretas, que facilita
na impressão.
Tudo isso gera economia de tempo no processo de "datilografar", o que permite
mais tempo para "pensar", para avaliar melhor o conteúdo, para encadear melhor
as idéias.
Este exemplo simples visa apenas demonstrar que o importante é economizar tempo em
tarefas técnicas e mecânicas que em nada acrescentarão ao saber.
Acessar uma informação com mais agilidade vai inclusive colaborar para que não haja
dispersão dos objetivos durante o processo de busca de outras informações básicas que
são subsídios informativos do saber para elencar o raciocínio de uma pesquisa. Vai
sobrar mais tempo para "o pensar".
Como um exemplo já em uso na medicina, existem coleções de CD-ROM que contém as
pesquisas médicas dos último quinze anos, onde foram condensadas as publicações de
todo o mundo, e que qualquer médico pode acessar em segundos. Antes desta coleção um
médico pesquisador dependia de respostas fornecidas pela OMS e que demoravam até seis
meses para retornar as informações consultadas.
Hoje, tanto pelo CD-ROM quanto pela INTERNET, os pesquisadores não precisam mais
interromper suas pesquisas no aguardo de informações fundamentais que viriam de outras
partes do mundo.
Justamente neste ponto é onde acredito que nossas escolas e nossos professores precisam
acompanhar a evolução para que possam apresentar aos aluno mais agilidade no processo do
saber.