Às vezes, nos deparamos com professores que resistem ao uso de determinados recursos
didáticos ou por desconhecimento dos equipamentos e seus recursos, ou por temerem a
substituição do professor pela máquina.
No primeiro caso, as escolas deveriam oferecer aos professores cursos de atualização
tecnológica e mostrar as vantagens do uso de computadores, vídeos e outros recursos para
que os professores possam se utilizar de maneira positiva. Com cursos de atualização os
professores estariam se preparando para enfrentar uma sala de aula onde o público vem de
casa com muita tecnologia na cabeça, assim a distância seria menor e a linguagem entre
os dois, professor e aluno, seria mais próxima. O aluno veria no professor um
profissional que acompanha os processos evolutivos. Não está às margens do progresso.
Logo tem um "conteúdo confiável" para ser absorvido por ele estudante.
Conteúdo confiável entre aspas, não pelo conteúdo em si, mas pela forma de pensar do
aluno.
No segundo caso o professor, ao tomar conhecimento das reais vantagens no uso da
tecnologia em sala de aula, vai descobrir que sua presença é sempre fundamental. Ele,
fonte de informação e saber, nunca poderá ser substituído por uma máquina. Mas sim se
utilizará da máquina como recurso rápido de armazenamento, manipulação e
localização de informações.
O que não deve ocorrer é o professor utilizar-se destes recursos para ausentar-se do
grupo. Colocar um vídeo para rodar e sair da sala de aula enquanto os alunos assistem só
colaboram com o pensar na substituição do professor pelo vídeo, quando na verdade o
vídeo deve ser um recurso didático e não um substituto.
O professor deve rodar uma fita para promover discussões, exemplificar, analisar,
difundir idéias. Assim como o computador: não deve ser um instrumento de treinamento
programado.
Cada disciplina tem sua forma de aplicação dos recursos didáticos. Não estou afirmando
também que a lousa e o giz não tem sua função. Cada recurso deve ser utilizado no
momento certo da disciplina.
O professor deve, em primeiro lugar, dominar o conteúdo que vai trabalhar e elencar para
cada fase de ensino qual recurso deverá aplicar. Por exemplo: não serve o uso de slide
quando a análise é o movimento na sua dinâmica.
Acredito que escolhendo o recurso didático adequado o professor vai conseguir que o grau
de aprendizagem seja maior em menor tempo. E havendo o interesse do aluno pela forma
didática apresentada o grau de retenção e compreensão da informação será maior. Os
objetivos da disciplina serão atingidos com maior eficácia.